O Aston Martin Vantage 4.7 V8 2014 é um modelo voltado para quem busca exclusividade e prazer ao dirigir. Seu perfil esportivo atende principalmente quem deseja um veículo para ocasiões especiais e viagens curtas, combinando estilo, potência e um comportamento mais tradicional de um cupê de tração traseira. Não se trata de um carro pensado para rotinas familiares ou deslocamentos urbanos frequentes, mas sim para quem aprecia a performance e a experiência emocional que um motor V8 aspirado proporciona.
Seu consumo é um dos aspectos que mais refletem a proposta desse modelo. O Vantage entrega médias de 3,2 km/l na cidade e 6,1 km/l na estrada, números compatíveis com a potência e o peso do conjunto. Com tanque de 80 litros, oferece autonomia de até 488 km no rodoviário e cerca de 256 km em uso urbano. Isso significa paradas mais frequentes ao volante, reforçando sua vocação para uso recreativo e não como veículo principal de deslocamento diário.

No interior, o foco está no acabamento refinado e no conforto de quem ocupa os assentos dianteiros. Embora seja classificado como um carro de quatro lugares, o espaço traseiro é bastante limitado, atendendo melhor a pequenos volumes do que passageiros. O nível de construção evidencia preocupação com materiais nobres e ergonomia, ainda que não traga a modernidade eletrônica de modelos lançados posteriormente. Ruídos mecânicos e o ronco do motor são parte da experiência, não algo suprimido.

A dirigibilidade é marcada por uma suspensão independente nos dois eixos e direção hidráulica que transmite bem o contato com o solo. A tração traseira combinada ao câmbio manual de seis marchas reforça o controle direto do condutor sobre o desempenho, oferecendo uma condução envolvente nas estradas. Os pneus largos e os freios a disco ventilados nas quatro rodas colaboram para manter estabilidade e precisão nas respostas do carro, principalmente em velocidades elevadas.

Em segurança, o foco do projeto está no comportamento dinâmico seguro e previsível. O conjunto estrutural robusto, associado às bitolas largas e ao acerto mecânico, trabalha para manter estabilidade mesmo em manobras mais exigentes. Embora não traga listas extensas de itens eletrônicos de assistência vistas em modelos mais recentes, entrega o essencial para seu uso pretendido, valorizando a relação direta entre motorista, máquina e pista.

Como pontos negativos, destacam-se o consumo elevado, o espaço reduzido para passageiros extras e a pouca usabilidade em rotinas diárias. O diâmetro de giro um pouco maior que o ideal também pode dificultar manobras em lugares apertados. Além disso, a proposta esportiva clássica significa menos tecnologia embarcada e algumas limitações de conforto quando comparado a esportivos mais modernos. É um carro pensado para quem entende seu propósito e valoriza mais a jornada ao volante do que comodidades digitais.
Fonte: Webmotors, Mobiauto, Olhonocarro e Webmotors.