O Compass Longitude 2.0 turbodiesel 2016 é aquele tipo de SUV que ninguém compra por impulso. Você escolhe porque está cansado de gastar dinheiro com motores sedentos, cansado de parar no posto toda hora e cansado de carros que prometem muito e entregam pouco. Este Jeep não vive de pose, ele vive de torque. E é exatamente por isso que ainda faz sentido hoje.

O motor 2.0 turbodiesel de 170 cv e 35,7 kgfm a 1.750 rpm não faz discursos motivacionais, ele simplesmente empurra o SUV com força constante, mesmo quando você insiste em andar carregado ou decide ultrapassar alguém que achou boa ideia ocupar a faixa da esquerda a 70 km/h. Enquanto CR-V e RAV4 dessa época bebem mais e rendem menos, o Compass faz 9,8 km/l na cidade e 11,4 km/l na estrada, números que continuam respeitáveis hoje.

São 1.717 kg, e ele não tenta esconder isso. Só que o câmbio automático ZF de nove marchas ajuda o motor a trabalhar sempre relaxado. O zero a cem em 10 segundos não assusta ninguém, mas também não irrita, e a velocidade máxima de 194 km/h mostra que o Jeep não nasceu para ser lento. A suspensão independente nas quatro rodas aguenta buracos e remendos sem reclamar, comportamento que combina mais com viagens longas do que com trânsito irritante de fim de tarde.
Segundo o Carro.Blog.Br, com 60 litros no tanque e autonomia de até 684 km em rodoviário, você simplesmente dirige mais e pensa menos em abastecer. Para quem vive na estrada, essa autonomia não é um luxo, é um alívio. Rivais flex usados podem até prometer economia, mas raramente entregam a mesma distância por tanque. Aqui, o Compass faz o básico, porém faz direito.

O interior não tenta ser sofisticado, tenta ser prático. Ar digital de duas zonas, chave presencial, sensores, câmera de ré e uma posição de dirigir elevada que deixa tudo mais fácil. Como usado, o ponto de atenção é simples, ver histórico de manutenção, principalmente da injeção e do câmbio. Se estiver em ordem, o Compass costuma envelhecer melhor que SUVs a gasolina do mesmo período.

Porque continua sendo um SUV eficiente, robusto e menos dramático que muitos concorrentes. O Compass Longitude 2.0 turbodiesel 2016 não tenta impressionar, ele só entrega torque forte, consumo baixo e estabilidade em estrada. É o tipo de compra que não promete espetáculo, mas resolve sua vida todos os dias sem reclamar. Jeremy Clarkson aprovaria, provavelmente resmungando, mas aprovaria.